Enquanto o trem não passa
Este vídeo documentário mostra um pouco da realidade de comunidades que têm seus direitos
usurpados por grandes mineradoras e governo. Municípios cortados pela Ferrovia
Carajás, Minerodutos, populações afetadas - não apenas pela tormenta de
explosões constantes na extração do minério, mas também por toda a logística
que muda o modo de viver e conviver nos territórios. O objetivo de sua produção
é alertar quem vive fora das áreas de atuação das mineradoras, sobre o enorme
impacto dessa atividade e o quanto esse novo código não traz salvaguardas
sócio-ambientais, garantias ao meio ambiente e nem segurança aos quilombolas e
povos indígenas. E o quanto isso afeta a vida de todos os brasileiros, que
sofrerão ao longo das próximas décadas, com escassez de água, pois rios e
nascentes estão sendo drenados pelas mineradoras. Só em 2012 a mineração
consumiu 52 bilhões de litros de água, o suficiente para abastecer por dois
anos a cidade de Niterói (RJ). A mineração é a atividade que mais mata, mutila
e enlouquece trabalhadores. Em 2013, trinta trabalhadores perderam suas vidas
exercendo sua profissão. A cidade de Itabira, MG, em 2012 teve um caso de
suicídio para cada 1,5 mil habitantes, enquanto a média nacional no mesmo ano
foi de um caso para cada 25 mil habitantes. A mineração é responsável por quase
15% de toda a exportação brasileira, sendo 52% de bens primários, ou seja
minérios sem qualquer beneficiamento. O governo brasileiro, no Plano Brasil
2030, estima que até lá a produção mineral deva triplicar. É fato que a
exportação de minérios tem ajudado a estabilizar a balança comercial, mas a
qual preço? Esse é o grande questionamento do documentário Enquanto o trem não
passa. O Brasil é o segundo maior exportador de minérios do mundo, e ainda
assim não é um país desenvolvido. Em busca do lucro, a mineração segue
destruindo e contaminando rios e nascentes, desrespeitando direitos e
impactando de muitas formas as populações do entorno das minas. Produzido de
forma colaborativa e coletiva pela Mídia Ninja e colaboradores, conta com o
apoio do Comitê Nacional dos territórios frente à mineração. Grupo que surge em
maio de 2013 para discutir o texto do Novo Código e que congrega mais de 120
entidades ligadas ao meio ambiente, direitos humanos e atingidos pela
mineração. Com duração de 17 minutos, busca narrar a história dos atingidos com
o intuito de mostrar que a mineração não acontece num espaço vazio, e sim em
meio à comunidades, natureza. Impactando e devastando a vida de milhões de
pessoas no nosso país.
Assista aqui ao
vídeo documentário: https://www.youtube.com/watch?v=ZZJQk3cw6Y4
O filme mostra alguns dos efeitos produzidos por empresas mineradoras, como a Rio Grande Mineração. A estratégia da RGM prevê o início de suas operações (esburacando, degradando o Bioma Costeiro, poluindo a rede hídrica, colocando em risco a fauna e a flora, etc) a partir de 2017. Não permitiremos que isto aconteça! Não queremos a RGM em São José do Norte
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