Nota
do Grupo de Agroecologia ECONORTE em relação ao projeto de mineração para são
José do Norte.
Nós do Grupo de Agroecologia ECONORTE viemos
através deste manifestar nossa posição contraria ao projeto de mineração
denominado Projeto Retiro, por entendermos que qualquer projeto de exploração
de recursos não renováveis é prejudicial não só a Natureza como também as
comunidades, frágeis a qualquer interferência que resulte em impactos negativos.
Já sofremos processo de desaculturação
consequente aos impactos das monoculturas de pinus assim como poucos estímulos,
investimentos e valorização as culturas diversificadas e orgânicas, auto-sustentáveis
por excelência, peculiar ao modelo de agricultura familiar, resultando assim em
um franco processo de êxodo rural nas últimas décadas. Precisamos recuperar nosso território
e não degradá-lo ainda mais. Pois primeiro permite-se a degradação do
território para depois entrega-lo para empreendimentos de procedência escusa.
Apesar dos impactos pouco avaliados e
escamoteados por seus conhecedores, acreditamos que tais empreendimentos
potencializam o esvaziamento dos campos, e por assim dizer, defendemos a ideia
de que não devemos permitir que sejam feitos rasgos no sentido geográfico,
biológico e cultural no nosso município, haja visto que em crises mundiais os
municípios que produzem alimentos são os que menos sentem. Aceitar tais
empreendimentos seria, para nós, decretar a nossa extinção. Não acreditamos neste tipo de “progresso”.
Nós da Agroecologia acreditamos que Progresso Sustentável somente pode se
dar com saúde nas mesas e nos campos, principal fonte de desenvolvimento
social.
Grupo
de Agroecologia ECONORTE
São
José do Norte, fevereiro de 2015.